Um projeto desenvolvido no Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Osvaldo da Costa Meireles, em Luziânia, conseguiu unir ciência, sustentabilidade e criatividade. Sob a orientação da professora de Biologia Gabrielle Rosa Silva, o estudante Thiago Alves dos Santos desenvolveu um tecido inovador produzido a partir do bagaço da cana-de-açúcar.
De acordo com a professora Gabrielle, o processo de produção do tecido começa de forma simples, com a coleta do bagaço de cana-de-açúcar, material que seria descartado por produtores locais de caldo de cana.
Após a coleta, o bagaço passa por higienização, secagem e trituração, antes de ser submetido à extração da celulose, etapa essencial para a formação do tecido. Essa fase dura cerca de três horas e utiliza água e soda cáustica, mantidas a uma temperatura constante de 80ºC, para quebrar compostos orgânicos e liberar a celulose.
“Ao final da extração, o líquido obtido passa por um processo de neutralização do pH, com a adição de vinagre (ácido acético) até atingir um pH neutro. Depois, descartamos o líquido e mantemos apenas a celulose sólida”, explicou a professora Gabrielle.
O projeto, que alia sustentabilidade e inovação científica, mostra como ideias simples podem transformar resíduos em novos produtos e contribuir para a preservação ambiental.



