O piloto Maurício Braga de Araújo, de 71 anos, que estava a bordo do avião que caiu sobre uma casa em Goiânia, sempre foi “cuidadoso e criterioso” com as manutenções e exames da aeronave, segundo a esposa dele, Sônia Ferreira Braga, em entrevista ao g1. Ela contou que o avião era o “xodó” do marido, que mantinha a aeronave há 17 anos.

O acidente ocorreu na segunda-feira (13), no Setor Santos Dumont. De acordo com Sônia, o avião havia saído da revisão há cerca de 60 dias e só havia feito duas viagens desde então.

“Depois que foi para a revisão, ele fez duas viagens. Foi para Piracicaba, em São Paulo, e agora em Jataí, quando, na chegada, aconteceu esse acidente”, explicou a esposa.

Paixão pela aviação

Sônia contou que o marido sempre foi apaixonado por aviões e chegou a ser paraquedista, vencendo um campeonato do Exército aos 19 anos. Ele começou a pilotar em 2004 e comprou a aeronave nova em 2008, escolhendo o prefixo PU-DNA em homenagem à mãe, Dinah Araújo.

Durante a pandemia da Covid-19, Maurício ficou um período sem voar, deixando o avião “encostado”. Mesmo assim, manteve todas as revisões e exames em dia para retornar à aviação assim que o isolamento terminou.

Estado de saúde

Maurício Braga permanece internado no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Ele sofreu um corte na cabeça, que precisou de pontos, mas não apresentou fraturas. Segundo Sônia, ele aguardava o resultado de um exame neurológico para avaliação completa do quadro clínico.