A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), deflagrou na manhã desta quinta-feira (13) a Operação Citrus Sinensis, em parceria com o Fisco Estadual. A ação investiga um esquema milionário de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro que atuava no setor de supermercados e comercialização de carnes.
A operação cumpre três mandados de prisão temporária e dez de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de bens avaliados em R$ 13 milhões.
Esquema sofisticado de fraude fiscal
De acordo com as investigações, o grupo criminoso teria sido articulado por um contador, responsável pela criação de dezenas de empresas “noteiras” — empresas fictícias criadas com o objetivo de emitir notas fiscais falsas e simular operações comerciais inexistentes.
A estratégia era utilizada para sonegar impostos e lavar dinheiro, gerando prejuízos milionários aos cofres públicos. Segundo a Polícia Civil, um único “laranja” foi usado para abrir mais de 50 empresas, todas destinadas à movimentação ilícita de valores e à ocultação de patrimônio.
“O esquema era altamente organizado e visava driblar o controle fiscal, prejudicando diretamente o erário e distorcendo a concorrência no setor de alimentos”, afirmou a Polícia Civil em nota.
Crimes investigados
Os investigados devem responder por:
Fraude fiscal,
Associação criminosa, e lavagem de capitais.
A operação também busca identificar outros possíveis beneficiários e rastrear o destino dos valores desviados. A análise de documentos, registros contábeis e movimentações bancárias deve aprofundar a apuração do caso.
“O bloqueio de bens visa garantir o ressarcimento do dano causado aos cofres públicos, estimado em R$ 13 milhões”, destacou a DOT.



