A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Catalão confirmou a prisão em flagrante de um homem suspeito de cometer estupro de vulnerável contra uma adolescente de 13 anos. O caso, que gerou grande repercussão nas redes sociais e na imprensa regional e estadual, foi detalhado pela delegada da Mulher, Yvve de Melo Rocha, em entrevista ao repórter da Rádio Cultura FM 101,1, Badiinho Moisés.
Segundo a delegada, o suspeito, ligado à área da comunicação, foi detido na noite de sexta-feira (10) após denúncias de pessoas próximas à vítima.
“Infelizmente, o caso procede. A prisão aconteceu em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável, já que a vítima tem apenas 13 anos”, afirmou Yvve Rocha.
De acordo com as investigações, o homem mantinha relação de confiança com a família e teria oferecido carona para levar a adolescente à escola. No entanto, desviou o trajeto e cometeu o crime. A vítima contou o ocorrido a pessoas de confiança, que imediatamente acionaram a Polícia Militar. O suspeito foi conduzido à Central de Flagrantes, onde o caso foi registrado.
A delegada explicou que o inquérito tramita sob sigilo, por envolver uma menor de idade.
“A Polícia Civil aguarda os laudos periciais e deve concluir o inquérito até o dia 19 de outubro. Em seguida, o processo será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário”, informou.
Entenda o que diz a lei
O crime de estupro de vulnerável está previsto no artigo 217-A do Código Penal Brasileiro, e ocorre quando há conjunção carnal ou ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos, independentemente de consentimento. A pena prevista é de reclusão de 8 a 15 anos, podendo aumentar em casos agravantes.
Atenção redobrada dos pais e responsáveis
Durante a entrevista, Yvve Rocha fez um alerta direto às famílias. “Crianças e adolescentes precisam de acompanhamento constante. A maioria dos abusos ocorre dentro de casa ou é praticada por pessoas conhecidas. Por isso, os pais devem redobrar a atenção e estar sempre próximos dos filhos”, disse.
Ela ainda ressaltou que negligenciar a proteção pode resultar em responsabilização criminal por omissão.
Papel essencial das escolas e da comunidade
A delegada destacou também o papel das escolas na detecção precoce de abusos.
“O professor, muitas vezes, é o primeiro adulto em quem a criança confia. Quando o educador percebe sinais e comunica as autoridades, ele pode salvar vidas e interromper o ciclo de violência”, disse.
Segundo Yvve, mudanças de comportamento são sinais de alerta:
Agressividade repentina ou isolamento;
Medo excessivo de determinados adultos;
Recusa em frequentar certos lugares;
Tristeza constante ou regressão de comportamento.
“É fundamental manter o diálogo aberto. A criança precisa saber que pode dizer ‘não’ e que deve contar aos pais se algo a deixar desconfortável”, reforçou.
Ação rápida e investigação em andamento
O suspeito permanece preso e à disposição da Justiça. A Polícia Civil segue com as investigações e deve concluir o inquérito nos próximos dias.
A delegada finalizou lembrando: “Cuidar das crianças é um dever de todos. É preciso ter responsabilidade ao permitir que qualquer pessoa conviva de forma próxima com seus filhos. Confiança não substitui vigilância.”



