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SUS vai oferecer dois novos tratamentos para endometriose
Três em cada dez brasileiras sofrem com a doença que provoca cólicas, sangramentos e dores nas relações sexuais. (Foto: internet)

Milhares de mulheres em todo o país sofrem com as dores e consequências da endometriose. A boa notícia é que o SUS vai oferecer duas novas opções de tratamento hormonal: o DIU-LNG (Dispositivo Intrauterino Liberador de Levonogestrel) e o desogestrel.

De acordo com o Ministério da Saúde, a inclusão dos dois tratamentos foi uma recomendação do Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde). Para estarem disponíveis na rede pública de saúde, etapas como a atualização do protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da endometriose ainda precisam ser concluídas.

 

SUS vai oferecer novos tratamentos para a endometriose, doença que atinge três em cada dez brasileiras
Endometriose provoca cólicas fortes, sangramentos e dores nas relações sexuais (foto: internet)

O que é endometriose

Estima-se que uma em cada dez brasileiras tenham a endometriose. Esta doença é uma espécie de inflamação benigna, que provoca cólicas persistentes, dores nas relações sexuais além de sangramentos. E pode levar à infertilidade em 30% dos casos. Quando uma mulher tem a enfermidade, o endométrio (tecido que reveste o útero e que descama, formando a menstruação), passa a crescer em outras áreas como ovários, trompas, intestino e cavidade abdominal. Em casos raros, o tecido pode chegar até mesmo no pericárdio, a membrana que reveste o coração.

Um dos grandes desafios encontrados pelas mulheres é a dificuldade de diagnóstico: é comum que muitas convivam com a endometriose por anos sem saber. A comunidade científica ainda não identificou como evitar a doença.

Como agem os novos tratamentos

O DIU-LNG atua evitando o crescimento do tecido endometrial fora do útero e tem validade de cinco anos. De acordo com o Ministério da Saúde, essa opção é voltada para mulheres que não podem fazer uso de contraceptivos orais.

O Desogestrel é um anticoncepcional hormonal que pode reduzir as dores e dificulta o aumento da endometriose. Esse medicamento é capaz de bloquear a atividade hormonal que impede o crescimento do endométrio fora do útero e pode ser prescrito como primeira linha de tratamento para sintomas iniciais da doença.

Ainda não há data para a disponibilidade dos novos tratamentos

O Ministério da Saúde informou que ainda não há previsão para a atualização do protocolo clínico e afirma que após a mudança serão necessários mais 180 dias para efetivar a oferta dos tratamentos no sistema público de saúde. Atualmente, mulheres diagnosticadas com a doença, tem à disposição no SUS tratamento clínico, como terapia hormonal, medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e acompanhamento multidisciplinar. Além disso, em casos mais graves, há a opção de cirurgias como videolaparoscopia, laparotomia e a histerectomia (que é a retirada total do útero).

Segundo o SUS, nos últimos dois anos, mais de 260 mil casos de endometriose foram atendidos no Brasil.

 

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