A Polícia Civil de Nova Aurora, no Sudeste de Goiás, concluiu um inquérito que apurou o abuso sexual de uma adolescente de 14 anos, resultando no indiciamento do padrasto e da própria mãe da vítima. A comprovação dos fatos, que aponta para atos de violência que se estendiam desde a infância da jovem, gerou grande comoção na cidade.

A Busca Desesperada por Ajuda

O caso veio à tona após um ato de coragem da adolescente. Sem apoio familiar, ela procurou sozinha as psicólogas do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município para denunciar os abusos.

As profissionais do CRAS agiram imediatamente, acionando a Polícia Civil e dando início às investigações.

Padrasto Acusado de Estupro de Vulnerável

Durante a apuração, a equipe da Subdelegacia de Nova Aurora colheu depoimentos, elementos técnicos e provas circunstanciais que corroboraram o relato da vítima.

O padrasto, um homem de 34 anos, sem antecedentes criminais, foi apontado como o autor dos atos cometidos ao longo de vários anos. Diante das evidências, o padrasto foi indiciado pelo crime de Estupro de Vulnerável, conforme o artigo 217-A do Código Penal, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.

Mãe Indiciada por Omissão Penalmente Relevante

O inquérito revelou um fato ainda mais grave e triste: a mãe da adolescente, de 39 anos, tinha conhecimento da violência sofrida pela filha e permaneceu omissa, falhando em seu dever legal de proteção.

“A corporação destaca que, sem apoio materno, a vítima buscou sozinha ajuda no CRAS,” ressaltou a Polícia Civil.

Por essa conduta, a mãe foi indiciada com base no mesmo artigo do Estupro de Vulnerável, mas por omissão penalmente relevante (artigo 13, parágrafo 2º, do Código Penal).

Próximos Passos

O inquérito policial já foi remetido ao Poder Judiciário. Os dois investigados respondem ao processo em liberdade, mas estão proibidos de se aproximar da vítima, conforme determinação judicial emitida após representação da Polícia Civil.