A Escola do Futuro de Goiás (EFG) Sarah Luiza Lemos Kubitschek de Oliveira, em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal, desenvolveu um dispositivo de baixo custo capaz de transformar drones em dispersores de sementes. A tecnologia foi pensada para auxiliar no reflorestamento, especialmente em áreas atingidas por incêndios florestais.
Batizado de Beto, o equipamento foi criado por professores e técnicos da instituição e já passou por seis testes bem-sucedidos. O objetivo é alcançar locais de difícil acesso, aumentando a eficiência da regeneração natural.
O projeto se destaca por ser de código aberto e acessível: com apenas R$ 50 é possível montar o dispositivo, o que permite sua replicação em larga escala em diferentes regiões do Brasil.
A iniciativa surgiu da necessidade de ampliar o alcance das ações de recuperação ambiental após os recorrentes incêndios que devastam o Cerrado. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram Goiás, em agosto, como o segundo estado com maior número de queimadas no país.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto, destacou o impacto do projeto:
“Nossas escolas ensinam e produzem tecnologia. Temos diversos projetos feitos por professores e alunos com potencial de impacto na sociedade. Este é um deles, mostrando como a tecnologia pode ajudar a criar um ambiente sustentável para os goianos”.
O protótipo foi desenvolvido pelo professor de tecnologia Johnattan Pires Rezende, ex-aluno da escola, em parceria com a técnica de laboratório Joseane Pereira Barbosa e o coordenador dos Serviços Tecnológicos e Ambientes de Informação (Stai), João Marcos Marques da Silva.
“Criar uma solução acessível, que pode ser replicada em qualquer lugar, é uma forma de mostrar que a tecnologia pode estar a serviço do meio ambiente e das pessoas. Queremos que esse protótipo inspire outras iniciativas de reflorestamento pelo Brasil”, afirmou João Marcos.