Investigações da Polícia Civil de Goiás apontam Rildo Soares dos Santos, de 33 anos, natural da Bahia, como suspeito de envolvimento em ao menos seis crimes em Rio Verde, no sudoeste goiano. Entre eles estão três feminicídios, um latrocínio (roubo seguido de morte) e o desaparecimento de duas mulheres. O padrão dos delitos indica a possibilidade de se tratar de um serial killer.
Segundo informações da TV Anhanguera, Rildo trabalhava como pintor e tinha o hábito de circular de madrugada usando um uniforme de gari, possivelmente para se passar por trabalhador e não levantar suspeitas.
Crimes sob investigação
Feminicídio de Elisângela da Silva Souza, 26 anos: Rildo confessou o crime. O corpo foi encontrado parcialmente enterrado em um lote baldio no Bairro Popular. Câmeras de segurança registraram o suspeito com a vítima na noite do desaparecimento. Ele foi preso ao retornar à cena.
Feminicídio de Alexânia Hermógenes Carneiro, 40 anos: A vítima, em situação de rua, foi morta a golpes na cabeça em um terreno baldio. O suspeito admitiu conhecer a mulher e disse tê-la levado até o local.
Feminicídio de Monara Pires Gouveia, 31 anos: Também em situação de rua, foi encontrada morta em um terreno baldio no Bairro Popular. O suspeito declarou que a deixou no local com outro homem.
Latrocínio (7 de setembro): Ele é suspeito de matar um homem para roubar carro, celular e chaves. Os itens foram encontrados em sua casa. O veículo foi incendiado.
Desaparecimentos: Duas mulheres, uma de 38 anos (usuária de drogas) e outra de 42 anos (com problemas mentais), estão desaparecidas desde maio e setembro, respectivamente. Ambas têm perfil semelhante ao das demais vítimas.
Padrão dos crimes
As vítimas eram mulheres vulneráveis, geralmente em situação de rua ou usuárias de drogas, atacadas de madrugada e levadas a terrenos baldios. Os corpos apresentavam sinais de violência, sobretudo na cabeça, e eram encontrados sem a parte inferior das roupas, levantando a suspeita de violência sexual.
Na residência do investigado, a polícia apreendeu bolsas femininas, roupas, celulares e bonecas, que podem ser “troféus” de outros crimes ainda não identificados.
Rildo tem passagens pela Justiça da Bahia por crimes violentos. Ele passou por audiência de custódia e segue preso preventivamente na Casa de Prisão Provisória de Rio Verde, respondendo pelos crimes de feminicídio, latrocínio e ocultação de cadáver relacionados ao caso de Elisângela. Ele também é investigado por violência sexual.
A Defensoria Pública, que representa o suspeito, não se manifestou até o momento.